"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe
sábado, 12 de maio de 2012
Mandelbrot Fractal (2)
Continuando com os devaneios... vamos a alguns Fractais da vida real... Objetos em que cada parte é subdivida em partes idênticas a si mesma, até o infinito.
Fractal Natural: Samambaia
Brócolis Romanesco
????
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Mandelbrot Fractal (1)
Sabe a criança com brinquedo novo? Pois bem, não consigo parar de olhar essas imagens... Seja pela sua beleza ou pela simbologia, é possível passar bons minutos vislumbrando e/ou viajando em devaneios a seu respeito. São os Fractais.
Wikipédia: Um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes, são geralmente auto-similares e independem de escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido, tipicamente um processo recorrente ou iterativo. O termo foi criado em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático francês nascido na Polónia, que descobriu a geometria fractal na década de 70 do século XX, a partir do adjetivo latino fractus, do verbo frangere, que significa quebrar.Vários tipos de fractais foram originalmente estudados como objetos matemáticos (...).
Auto-similaridade. A imagem que está contida em si mesma. Inevitável é a associação com a nossa vida. Precisamos entender que nossas ações estão presentes em tudo, e que o resultado do que colhemos é exatamente o reflexo destas nossas ações.
Há um sábio provérbio que diz que para se corrigir a sociedade é necessário, primeiro, corrigir o ser humano. Pois não é o ser humano que compõe a sociedade? Envergonha-te da sociedade de classes? Da exclusão social? Do culto à futilidade? Da hipocrisia e falsidade de nossas instituições? Envergonhe-te de ti mesmo, primeiro. Corrija-te, e começarás a corrigir o resto, pois tudo o que criticas, é apenas o espelho de ti e de seus pares. Somos a engrenagem do mecanismo. E o mecanismo não funciona bem se as engrenagens estiverem comprometidas.
Wikipédia: Um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes, são geralmente auto-similares e independem de escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido, tipicamente um processo recorrente ou iterativo. O termo foi criado em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático francês nascido na Polónia, que descobriu a geometria fractal na década de 70 do século XX, a partir do adjetivo latino fractus, do verbo frangere, que significa quebrar.Vários tipos de fractais foram originalmente estudados como objetos matemáticos (...).
Auto-similaridade. A imagem que está contida em si mesma. Inevitável é a associação com a nossa vida. Precisamos entender que nossas ações estão presentes em tudo, e que o resultado do que colhemos é exatamente o reflexo destas nossas ações.
Há um sábio provérbio que diz que para se corrigir a sociedade é necessário, primeiro, corrigir o ser humano. Pois não é o ser humano que compõe a sociedade? Envergonha-te da sociedade de classes? Da exclusão social? Do culto à futilidade? Da hipocrisia e falsidade de nossas instituições? Envergonhe-te de ti mesmo, primeiro. Corrija-te, e começarás a corrigir o resto, pois tudo o que criticas, é apenas o espelho de ti e de seus pares. Somos a engrenagem do mecanismo. E o mecanismo não funciona bem se as engrenagens estiverem comprometidas.
E de pensar que um coisa dessas nasceu da necessidade da comprovação de cálculos matemáticos e de experimentos científicos... como é bom aprender coisas novas e navegar no conhecimento...
quinta-feira, 10 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Palavra & Poesia
TERAPIA
Tenho seis balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São seis balas, seis apenas
Para acalmar minha dor pequena
A Primeira eu sei como usar
E sei muito bem a quem presentear
Aos homens sem palavra, tão eloqüêntes
Que passam a vida parasitando tanta gente
Aos que pensam que importante é o metal
Envenenando tanto e causando tanto mal
Um tiro cego, porém decidido
Um tiro, eu sei, fará sentido
Tenho cinco balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São cinco balas, cinco apenas
A cortina abre e logo se encena
Destilo meu veneno já sem muita pressa
Apresento a minha raiva e a Segunda se endereça
Ao poder sujo de cartas marcadas
Que envolve os humildes, humilhando os menores
Triturando, matando, favorecendo os piores
Um tiro seco, já faço minha mira
Um tiro forte que carrega toda minha ira
Tenho quatro balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São quatro balas, quatro apenas
A noite cai e em breve será plena
Da minha janela vejo um mundo de aparências
Aperto o gatilho e a Terceira grita com demência
Pessoas burras esvaziam seus bolsos, e o que mais?
Queimam tantos livros enquanto compram seus cristais
Falando tanto, arrotando ignorância
Esbanjando suas posses, esbanjando petulância
Um tiro sim, não há mais tempo a perder
São tão superficiais, ninguém vai perceber
Tenho três balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São três balas, três apenas
A morte vem e de longe lhes acena
A agulha trabalha bem e ainda não descansa
A Quarta vem feroz e nada a amansa
Charlatões aos montes explorando gente honesta
Tirando-lhes o dinheiro, o que nada mais lhe resta
Mentindo e assaltando em nome de um deus feroz
Prometendo o Céu, a Terra ou um inferno atroz
Um tiro brusco, que cause confusão
Um tiro longo, a libertação
Tenho duas balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São duas balas, duas apenas
Será mesmo a espada mais frágil que a pena?
Tento relaxar, ligo minha TV
Mas o que lá está é difícil de esquecer
Lavagem cerebral, é como chamo tudo isso
Lixo cultural, se é que posso chamar lixo
Superficialidade barata, alienação, ignorância
Estoura-se a cápsula, a Quinta se liberta
Uma platéia contratada assiste boquiaberta
A última ficou para cumprir minha promessa
Minha jura já vem vindo, não é preciso pressa
Será uma dádiva, um presente sublime
Uma prova de amor e não de crime
Te acordarei ao amanhecer, te trarei o jornal
Verás como tudo continua igual
Alisarei teus cabelos, palavras de amor
Nos meus versos profanos, meus dias de dor
Chegarei ao teu prédio, subirei as escadas
E darei, emfim, minha última cartada.
Nesse mundo louco
Para curar minha dor
Não fui ao analista
Esvaziei o meu tambor.
............................................................................................
Este poema eu li há muitos anos num site hospedado no Geocities (lembram-se deles?), e o reencontrei agora depois de procurar várias vezes. Na época era assinado por Luiz Fernando Petry Filho, mas não tenho certeza se ele é mesmo o compositor. De qualquer forma, ajudou em minha formação como cidadão, no que tange ao inconformismo com as várias coisas que existem de errado em nossa sociedade.
Tenho seis balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São seis balas, seis apenas
Para acalmar minha dor pequena
A Primeira eu sei como usar
E sei muito bem a quem presentear
Aos homens sem palavra, tão eloqüêntes
Que passam a vida parasitando tanta gente
Aos que pensam que importante é o metal
Envenenando tanto e causando tanto mal
Um tiro cego, porém decidido
Um tiro, eu sei, fará sentido
Tenho cinco balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São cinco balas, cinco apenas
A cortina abre e logo se encena
Destilo meu veneno já sem muita pressa
Apresento a minha raiva e a Segunda se endereça
Ao poder sujo de cartas marcadas
Que envolve os humildes, humilhando os menores
Triturando, matando, favorecendo os piores
Um tiro seco, já faço minha mira
Um tiro forte que carrega toda minha ira
Tenho quatro balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São quatro balas, quatro apenas
A noite cai e em breve será plena
Da minha janela vejo um mundo de aparências
Aperto o gatilho e a Terceira grita com demência
Pessoas burras esvaziam seus bolsos, e o que mais?
Queimam tantos livros enquanto compram seus cristais
Falando tanto, arrotando ignorância
Esbanjando suas posses, esbanjando petulância
Um tiro sim, não há mais tempo a perder
São tão superficiais, ninguém vai perceber
Tenho três balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São três balas, três apenas
A morte vem e de longe lhes acena
A agulha trabalha bem e ainda não descansa
A Quarta vem feroz e nada a amansa
Charlatões aos montes explorando gente honesta
Tirando-lhes o dinheiro, o que nada mais lhe resta
Mentindo e assaltando em nome de um deus feroz
Prometendo o Céu, a Terra ou um inferno atroz
Um tiro brusco, que cause confusão
Um tiro longo, a libertação
Tenho duas balas em meu tambor
E uma delas é tua, meu amor
São duas balas, duas apenas
Será mesmo a espada mais frágil que a pena?
Tento relaxar, ligo minha TV
Mas o que lá está é difícil de esquecer
Lavagem cerebral, é como chamo tudo isso
Lixo cultural, se é que posso chamar lixo
Superficialidade barata, alienação, ignorância
Estoura-se a cápsula, a Quinta se liberta
Uma platéia contratada assiste boquiaberta
A última ficou para cumprir minha promessa
Minha jura já vem vindo, não é preciso pressa
Será uma dádiva, um presente sublime
Uma prova de amor e não de crime
Te acordarei ao amanhecer, te trarei o jornal
Verás como tudo continua igual
Alisarei teus cabelos, palavras de amor
Nos meus versos profanos, meus dias de dor
Chegarei ao teu prédio, subirei as escadas
E darei, emfim, minha última cartada.
Nesse mundo louco
Para curar minha dor
Não fui ao analista
Esvaziei o meu tambor.
............................................................................................
Este poema eu li há muitos anos num site hospedado no Geocities (lembram-se deles?), e o reencontrei agora depois de procurar várias vezes. Na época era assinado por Luiz Fernando Petry Filho, mas não tenho certeza se ele é mesmo o compositor. De qualquer forma, ajudou em minha formação como cidadão, no que tange ao inconformismo com as várias coisas que existem de errado em nossa sociedade.
domingo, 6 de maio de 2012
Week-end Rouge / Red Weekend
- O Partido Trabalhista venceu as eleições municipais britânicas (05/06/2012).
- O Socialista François Hollande é eleito presidente da França (06/06/2012).
É natural que o indivíduo, ao se encontrar numa situação de conforto, queira manter seu status quo, e repudie qualquer intenção de políticas esquerdistas de redistribuição de renda e de incremento de políticas sociais. E uma sociedade com predominância destes indivíduos consequentemente irá eleger representantes mais conservadores e que mecham menos em seu bolso. Afinal de contas, o altruísmo não é uma das características mais comuns na espécie humana.
Porém, é impressionante a capacidade das sociedades esperarem chegar ao ponto de chafurdar na lama para escolher um representante de esquerda (que o digamos nós). Os europeus precisam demorar tanto para alterar seus representantes? A insistência nas políticas neoliberais de austeridade fiscal já não se provaram ineficazes o suficiente?
As palavras de congratulações de nossa Presidenta, ao mesmo tempo em que incentiva o novo presidente francês em sua árdua tarefa, dá um tapa na cara da Europa e em suas políticas neoliberais, comparando a mentalidade dos líderes europeus de hoje, aos da América Latina de outrora. Essa aí sabe cutucar como poucos:
"Quero transmitir-lhe meus mais efusivos cumprimentos por sua eleição para a presidência da França. Acompanhei com grande interesse suas propostas de vencer a crise que enfrenta a Europa com responsabilidade macroeconômica, mas, sobretudo, com políticas que favoreçam o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social. Estou segura que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais – dentre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina.(...)"
Fico feliz por Oscar Niemeyer ter vivido para presenciar este momento. Acho que é apenas o início de uma grande mudança. Mas tudo que existe um dia também teve o seu início, não é mesmo? Vamos esperar para ver.
- O Socialista François Hollande é eleito presidente da França (06/06/2012).
É natural que o indivíduo, ao se encontrar numa situação de conforto, queira manter seu status quo, e repudie qualquer intenção de políticas esquerdistas de redistribuição de renda e de incremento de políticas sociais. E uma sociedade com predominância destes indivíduos consequentemente irá eleger representantes mais conservadores e que mecham menos em seu bolso. Afinal de contas, o altruísmo não é uma das características mais comuns na espécie humana.
Porém, é impressionante a capacidade das sociedades esperarem chegar ao ponto de chafurdar na lama para escolher um representante de esquerda (que o digamos nós). Os europeus precisam demorar tanto para alterar seus representantes? A insistência nas políticas neoliberais de austeridade fiscal já não se provaram ineficazes o suficiente?
Europeus, esperando o "Deus Mercado" lhes alimentar
As palavras de congratulações de nossa Presidenta, ao mesmo tempo em que incentiva o novo presidente francês em sua árdua tarefa, dá um tapa na cara da Europa e em suas políticas neoliberais, comparando a mentalidade dos líderes europeus de hoje, aos da América Latina de outrora. Essa aí sabe cutucar como poucos:
"Quero transmitir-lhe meus mais efusivos cumprimentos por sua eleição para a presidência da França. Acompanhei com grande interesse suas propostas de vencer a crise que enfrenta a Europa com responsabilidade macroeconômica, mas, sobretudo, com políticas que favoreçam o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social. Estou segura que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais – dentre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina.(...)"
Fico feliz por Oscar Niemeyer ter vivido para presenciar este momento. Acho que é apenas o início de uma grande mudança. Mas tudo que existe um dia também teve o seu início, não é mesmo? Vamos esperar para ver.
E a Esperança venceu o medo... de novo!
Não se confunda. Não se trata das ruas de São Bernardo do Campo dos idos 27/10/2002... esta foto abaixo é de Paris, 06/05/2012... Parabéns, França!
Socialista François Hollande foi eleito nesta data presidente da França com 51,7% dos votos, prometendo reverter o ciclo de austeridade fiscal imposto pelo conservador Nicolas Sarkozy, que levou a França à atual taxa de 10% de desemprego. Entre as propostas de Hollande está o aumento de impostos sobre grandes corporações e pessoas que ganham mais de 1 milhão de euros por ano. Também defendeu um aumento no salário mínimo, a contratação de mais 60 mil professores e a redução na idade para aposentadoria de alguns trabalhadores, de 62 a 60. Desejo boa sorte aos franceses.
Etiquetas:
Loucos para Mudar o Mundo,
Política
Palavra & Poesia
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem
Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem
terça-feira, 1 de maio de 2012
Devaneio da Semana
Esqueça-te dos teus princípios apenas uma vez, e os terás esquecido por toda a vida.
Subscrever:
Mensagens (Atom)